segunda-feira, 7 de outubro de 2013

“O amor é a força mais sutil do mundo”. Mahatma Gandhi Engraçado, sempre quis escrever algo sobre a vida, e confesso que fiz diversas tentativas, mas não consegui. Li e já ouvi uma frase que diz assim: “Um homem para se considerar realizado na vida, precisa ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro”. Quando minha filha nasceu, e lá se vão uns trinta anos, eu já havia plantado algumas árvores, algumas, então pensei; agora só me falta escrever um livro. Então comecei a me dedicar a outras coisas que julgava importante, e fui ”empurrando com a barriga” este desejo. Na verdade, eu não percebia que o tempo não nos dá tempo, ele segue o seu curso, assim como as águas do rio. Não importa com o que nos ocupamos, o certo é que o dia de hoje, amanhã será simplesmente ontem. E o ontem já não nos pertence mais. Daí, a necessidade impiedosa que temos em realizar o nosso hoje como se o amanhã não existisse. Pensando na frase do saudoso Mahatma Gandhi, percebo o quanto nos perdemos, ao não percebermos a força que há no verdadeiro amor.
ENQUANTO VIVER “O amor é a força mais sutil do mundo”. Mahatma Gandhi Engraçado, sempre quis escrever algo sobre a vida, e confesso que fiz diversas tentativas, mas não consegui. Li e já ouvi uma frase que diz assim: “Um homem para se considerar realizado na vida, precisa ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro”. Quando minha filha nasceu, e lá se vão uns trinta anos, eu já havia plantado algumas árvores, algumas, então pensei; agora só me falta escrever um livro. Então comecei a me dedicar a outras coisas que julgava importante, e fui ”empurrando com a barriga” este desejo. Na verdade, eu não percebia que o tempo não nos dá tempo, ele segue o seu curso, assim como as águas do rio. Não importa com o que nos ocupamos, o certo é que o dia de hoje, amanhã será simplesmente ontem. E o ontem já não nos pertence mais. Daí, a necessidade impiedosa que temos em realizar o nosso hoje como se o amanhã não existisse. Pensando na frase do saudoso Mahatma Gandhi, percebo os quantos nos perderam ao não percebermos a força que há no verdadeiro amor. Amei muitas vezes, algumas vezes tão perdidamente que cheguei a me perder. Sim, pode parecer estranho, mas a cada relacionamento frustrado, foi um pedaço de mim que ficou para trás. Agora, enquanto me envolvo nas minhas lembranças, me veio a memória a letra de uma musica do Chico Buarque de Holanda, que melhor exprime este pensamento, quando digo que a cada relacionamento frustrada, foi um pedaço de mim que se perdeu. Então vejamos: Ó pedaço de mim, Ó metade exilada de mim Leva os teus sinais, Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais Ó pedaço de mim, ó metade arrancada de mim Leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu Ó pedaço de mim, Ó metade amputada de mim Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada no membro que já perdi Ó pedaço de mim, Ó metade adorada de mim Lava os olhos meus, que a saudade é o pior castigo E eu não quero levar comigo a mortalha do amor, adeus Quantos pedaços de mim ficaram perdidos e o que me restou? Esta pergunta aqui, é respondida, em parte, na letra da música do Chico Buarque, A letra de Chico Buarque, dos anos 70, revela o medo da separação e do rompimento, corresponde a uma interpretação do amor bastante distinta dos conceitos modernos. O sujeito aqui retratado, perde parte da sua própria identidade, e se por acaso esse amor partisse, a sensação era a perda própria identidade. Quando um relacionamento dá errado, em muito dos casos não ocorre a separação devido o medo que se tem não é da separação, mas sim, o medo do sofrimento que a separação acarreta. As perdas são exatamente os pedaços de nós que se perdem com as separações. “Ó pedaço de mim”, retrata a ideia de que o amor deve ser eterno, mostra que apesar da sociedade nos mostrar relações cada vez mais descartáveis, no íntimo de cada um de nós, grita o desejo de se construir uniões sólidas.